Estaban e Zaccur trazem reflexões dentro da real realidade das práticas escolares e sobre a importância do professor-pesquisador. Apontam para compreensão de que as atividades de estágio e de pesquisa sobre o cotidiano escolar produzem o conhecimento teórico-prático necessário para qualificar os cursos de formação docente e as práticas docentes nas escolas.
Dentro do desse contexto, aborda sobre a importância do estágio articulado à pesquisa sobre o cotidiano dos trabalhos pedagógicos desenvolvidos em ambiente escolar pelos estagiários dos cursos de licenciaturas, tendo como objetivo suscitar sobre a importância do estágio articulado à pesquisa e esses dois vinculados com as vivências dos estagiários nas escolas.
As autoras ressaltam sobre a necessidade e possibilidades de desenvolver trabalhos que articulem pesquisa, estágio e cotidiano escolar que ainda segundo as autoras apesar de reconhecermos a seriedade com que os pesquisadores brasileiros vêm produzindo uma consistente literatura no âmbito da educação, os efeitos de tais avanços pouco se refletem no interior das escolas (ESTEBAN e ZACCUR, 2002).
A partir desta perspectiva, o estágio se coloca como eixo articulador entre teoria e prática, já que os elementos da prática são trazidos pelos estágios e reelaborados nos cursos de formação docente, garantindo a produção de conhecimento nas áreas específicas da docência.
De todo modo, é preciso considerar que a pesquisa de por si, não se sustenta e tampouco, sustenta a prática pedagógica.É necessário que haja uma reflexão e uma ressignificação dessa prática, para que a mesma seja reelaborada e transformada em produção de um novo conhecimento.Portanto, é preciso que o professor seja competente para agir criticamente em seu cotidiano.
ESTEBAN, Maria e Tereza e ZACCUR (orgs). Professor Pesquisador: Uma Prática em Construção. Rio de Janeiro: Editora DPIA, 2002.
quarta-feira, 10 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Por que o Estágio para quem já Exerce o Magistério: Uma Proposta de Formação Contínua
“Somos sempre aprendizes da profissão e estagiários da vida.”
Síntese do texto de: Selma Garrido Pimenta e
Maria Socorro Lucena Lima
Este texto pretende refletir sobre o estágio como possibilidade de ressignificação da identidade e numa proposta de formação contínua para professores que já estão no exercício do magistério. Nesse contexto o profissional do magistério que se vê diante do estágio supervisionado em um curso de formação docente precisa, em primeiro lugar, compreender o sentido e os princípios dessa disciplina, que, nesse caso, assume o caráter de formação contínua, tendo como base a idéia de emancipação humana.
Assim, quando os professores-alunos são convidados a trabalhar os conteúdos e as atividades do estágio no campo de seu conhecimento específico, percebem que os problemas e possibilidades de seu cotidiano serão debatidos, estudados e analisados à luz de uma fundamentação teórica e , assim, fica aberta a possibilidade de se sentirem co-autores desse trabalho.
Além disso, a função do professor orientador do estágio será à luz da teoria, refletir com seus alunos sobre as experiências que já trazem e projetar um novo conhecimento que ressignifique suas práticas, considerando as condições objetivas, a história e as relações de trabalho vividas por esses professores-alunos.
Dessa forma, segundo as autoras, o estágio passa a ser um retrato vivo da prática docente e o professor-aluno terá muito mais a dizer, a ensinar, a expressar sua realidade e a de seus colegas de profissão, de seus alunos, que nesse mesmo tempo histórico vivenciam os mesmos desafios e as mesmas crises na escola e na sociedade.
Dentro desse contexto as autoras apontam o estágio como possibilidade de formação continua e de desenvolvimento profissional do professor, que segundo Pimenta e Libâneo (1999, p.268), sua “formação inicial e contínua articuladas a um processo de valorização identitária e profissional”. A dinâmica de formação contínua pressupõe um movimento dialético, de criação constante do conhecimento novo, a partir da superação (negação e incorporação) do já conhecido.
Pelo exposto, o estágio para professores-alunos que já exercem o magistério tem seu sentido e significado a partir da natureza do trabalho docente, que requer constante revisão das práticas, no sentido de tornar o professor um sujeito que constroem conhecimentos, com capacidade de fazer análise de sua prática fundamentado em um referencial teórico que lhe permita, como resultado, a incessante busca de educação de qualidade e as escolas será sempre o ponto de partida e de chegada nos estágios e nas ações de formação contínua de professores.
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004
Síntese do texto de: Selma Garrido Pimenta e
Maria Socorro Lucena Lima
Este texto pretende refletir sobre o estágio como possibilidade de ressignificação da identidade e numa proposta de formação contínua para professores que já estão no exercício do magistério. Nesse contexto o profissional do magistério que se vê diante do estágio supervisionado em um curso de formação docente precisa, em primeiro lugar, compreender o sentido e os princípios dessa disciplina, que, nesse caso, assume o caráter de formação contínua, tendo como base a idéia de emancipação humana.
Assim, quando os professores-alunos são convidados a trabalhar os conteúdos e as atividades do estágio no campo de seu conhecimento específico, percebem que os problemas e possibilidades de seu cotidiano serão debatidos, estudados e analisados à luz de uma fundamentação teórica e , assim, fica aberta a possibilidade de se sentirem co-autores desse trabalho.
Além disso, a função do professor orientador do estágio será à luz da teoria, refletir com seus alunos sobre as experiências que já trazem e projetar um novo conhecimento que ressignifique suas práticas, considerando as condições objetivas, a história e as relações de trabalho vividas por esses professores-alunos.
Dessa forma, segundo as autoras, o estágio passa a ser um retrato vivo da prática docente e o professor-aluno terá muito mais a dizer, a ensinar, a expressar sua realidade e a de seus colegas de profissão, de seus alunos, que nesse mesmo tempo histórico vivenciam os mesmos desafios e as mesmas crises na escola e na sociedade.
Dentro desse contexto as autoras apontam o estágio como possibilidade de formação continua e de desenvolvimento profissional do professor, que segundo Pimenta e Libâneo (1999, p.268), sua “formação inicial e contínua articuladas a um processo de valorização identitária e profissional”. A dinâmica de formação contínua pressupõe um movimento dialético, de criação constante do conhecimento novo, a partir da superação (negação e incorporação) do já conhecido.
Pelo exposto, o estágio para professores-alunos que já exercem o magistério tem seu sentido e significado a partir da natureza do trabalho docente, que requer constante revisão das práticas, no sentido de tornar o professor um sujeito que constroem conhecimentos, com capacidade de fazer análise de sua prática fundamentado em um referencial teórico que lhe permita, como resultado, a incessante busca de educação de qualidade e as escolas será sempre o ponto de partida e de chegada nos estágios e nas ações de formação contínua de professores.
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004
quinta-feira, 4 de março de 2010
Por que o Estágio para quem não Exerce o Magistério: O Aprender a Profissão
Síntese do texto de: Selma Garrido Pimenta e Maria Socorro Lucena Lima
Este texto nos faz refletir sobre as especificidades do estágio e da prática de ensino para quem não exerce o magistério, trazendo elementos para compreensão do estágio como oportunidade de aprendizagem da profissão docente e de construção da identidade profissional.
Não se pode negar que o estágio ainda hoje, continua sendo um momento de muita tensão e expectativa para pedagogos em formação que não têm experiência na sala de aula como professores. E isto é visivelmente quando no exercício do estágio, o estagiário se depara com a distância entre teoria e a prática. Um dos primeiros impactos do estagiário é o susto diante da real condição das escolas e as contradições entre o escrito e o vivido, o dito pelos oficiais e o que realmente acontece.
Nesse sentido, o estágio como componente curricular, pode não ser uma completa preparação para o magistério, mas, segundo Garrido (2004), é possível nesse espaço, professores, alunos e comunidade escolar e universidade trabalharem questões básicas de alicerce como o sentido da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a escola, realidade dos alunos, da comunidade entre outras.
Além disso, numa expectativa de ritual de passagem o estágio também oferece possibilidade de reafirmação de escolha profissional e de crescimento. Dentro desse contexto as autoras salientam que o estágio como reflexão da práxis possibilita aos alunos que ainda não exercem o magistério aprender com aqueles que já possuem experiência na atividade docente desde que essa experiência seja refletida, caso contrário vira reprodução ou imitação de uma prática.
Pelo exposto, o estágio para alunos que estão em fase de formação inicial e que ainda não exercem o magistério é antes de tudo um estágio de boas-vindas de novos companheiros de profissão. Pois são estes que ocuparão os lugares dos professores e continuarão o trabalho o qual foi iniciado. Dessa forma, o período de estágio, ainda que transitório, é um exercício de participação que deve levar em consideração a observação, a problematização investigação, análise e a intervenção articulados pelo movimento dialético de reflexão-ação-reflexão.
Em suma,
O estágio supervisionado para alunos que ainda não exercem o magistério pode ser um espaço de convergências das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso e, principalmente, ser uma contingência de aprendizagem da profissão docente, medida pelas relações sociais historicamente situadas. (PIMENTA e LIMA)
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004
Este texto nos faz refletir sobre as especificidades do estágio e da prática de ensino para quem não exerce o magistério, trazendo elementos para compreensão do estágio como oportunidade de aprendizagem da profissão docente e de construção da identidade profissional.
Não se pode negar que o estágio ainda hoje, continua sendo um momento de muita tensão e expectativa para pedagogos em formação que não têm experiência na sala de aula como professores. E isto é visivelmente quando no exercício do estágio, o estagiário se depara com a distância entre teoria e a prática. Um dos primeiros impactos do estagiário é o susto diante da real condição das escolas e as contradições entre o escrito e o vivido, o dito pelos oficiais e o que realmente acontece.
Nesse sentido, o estágio como componente curricular, pode não ser uma completa preparação para o magistério, mas, segundo Garrido (2004), é possível nesse espaço, professores, alunos e comunidade escolar e universidade trabalharem questões básicas de alicerce como o sentido da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a escola, realidade dos alunos, da comunidade entre outras.
Além disso, numa expectativa de ritual de passagem o estágio também oferece possibilidade de reafirmação de escolha profissional e de crescimento. Dentro desse contexto as autoras salientam que o estágio como reflexão da práxis possibilita aos alunos que ainda não exercem o magistério aprender com aqueles que já possuem experiência na atividade docente desde que essa experiência seja refletida, caso contrário vira reprodução ou imitação de uma prática.
Pelo exposto, o estágio para alunos que estão em fase de formação inicial e que ainda não exercem o magistério é antes de tudo um estágio de boas-vindas de novos companheiros de profissão. Pois são estes que ocuparão os lugares dos professores e continuarão o trabalho o qual foi iniciado. Dessa forma, o período de estágio, ainda que transitório, é um exercício de participação que deve levar em consideração a observação, a problematização investigação, análise e a intervenção articulados pelo movimento dialético de reflexão-ação-reflexão.
Em suma,
O estágio supervisionado para alunos que ainda não exercem o magistério pode ser um espaço de convergências das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso e, principalmente, ser uma contingência de aprendizagem da profissão docente, medida pelas relações sociais historicamente situadas. (PIMENTA e LIMA)
PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004
terça-feira, 2 de março de 2010
Minha História: Sonhos e Realizações, uma conquista!
No Princípio ... UM Sonho de Criança!
Terceira filha de uma família de seis filhos, brasileira, natural de Jequié/BA. Meu período escolar foi todo estudado em escola pública totalmente tradicional. O tratamento dispensado ao aluno era bom desde que este respeitasse o professor, caso contrário era castigado: ficar em pé de frente para o quadro negro, de costa para turma. O professor era o centro do processo ensino aprendizagem e o aluno o mero receptor das informações, a educação recebida era baseada na concepção de educação bancária, criticada por Paulo Freire. Era uma criança feliz, com sonhos e fantasias como toda criança, e o meu sonho era ser Professora! Foi da aproximação entre a minha condição de criança e a minha condição escolar, vivida por meio da fantasia, que o desejo de ser professora nasceu.
Depois... O Sonho Torna-se Realidade!
Cursei meu ensino médio no IERP, no curso de Magistério, agora meu sonho virou realidade me tornei professora! Percebi que meu encantamento pela educação nasceu na infância, quando brincava de escola com as bonecas, e da imitação de um exemplo de professora que tive na pré escola, que por sinal me marcou muito. Apesar dessa professora estar inserida num contexto de educação tradicional, fazia a diferença pois ela trabalhava de uma forma diferente que dava prazer em estar na sala de aula, lembro como se fosse hoje das histórias contadas, das músicas cantada na rodinha, das brincadeiras etc., coisas que naquele contexto, era muito difícil encontrar, esse modelo de professora acredito que também teve um incentivo na minha escolha profissional que fiz.
Um Novo Percurso...
Ao concluir o Magistério, sentir necessidade de aprofundar meus conhecimentos sobre educação, pois o curso de magistério por si só não me dava respaldo teóricos necessários para uma prática eficaz. Decidir fazer algo mais para ampliar os meus conhecimentos, não me dei por satisfeita, achava que deveria me aperfeiçoar, senti necessidade de buscar teorias que justificassem minha prática e que pudesse refletir sobre ela, resolvi fazer vestibular e ingressar em uma faculdade, especialmente no Curso de Pedagogia.
Infelizmente não conseguir a aprovação. Em 2005 fiz a prova do
ENEMconsegui uma pontuação razoável e fui contemplada com uma bolsa integral para o curso de Licenciatura em História, oferecido pelo PROUNI (Programa Universidade para Todos) proposta do Governo federal, é um curso à distância
oferecido pela FTC (Faculdade de tecnologia e Ciências). Nunca me imaginei em um curso de história, no começo pensava em mudar de curso, não me via como professora de história, além do mais em um curso a distância, era muita novidade de uma vez só. Queria ensinar tudo menos história! Comecei a cursar e me adaptei ao curso e a metodologia, mesmo assim não desisti de fazer vestibular para pedagogia.
Entrar na UESB foi uma sensação inesquecível, uma vitória em minha vida, quando escolhi prestar vestibular para o curso de Pedagogia foi por apenas um motivo, gostar de ensinar e principalmente por ter feito magistério. Em 2006 recebi uma das melhores notícias de minha vida, “minha aprovação no vestibular”, quanta felicidade!Prestei o vestibular para pedagogia na UESB, agora sim minha felicidade estava completa.
Agora a responsabilidade se multiplicou são dois cursos distintos que teria que dar conta, duas responsabilidades, mais em momento algum pensei em desisti, sabia que não seria fácil mais em meio a tantas dificuldades consegui concluir o curso de Licenciatura em História...
Agora...
Concluinte do VIII semestre do curso de Pedagogia, percebo que o curso tem possibilitado refletir sobre o processo educacional como um todo. Mesmo com todas as dificuldades encontradas no Curso de Pedagogia, este, tem se tornado fascinante e encantador, vejo que fiz a escolha certa, tenho a certeza de que a Pedagogia é fruto de um sonho realizado em minha vida Ser Professora!
Após o ingresso no curso de Pedagogia, com as discussões e questionamentos abordados em aula, estudando diversos teóricos, percebo uma transformação do meu pensamento com relação ao que venha a ser Educar. Tal mudança foi o resultado de um processo de desconstrução de alguns aspectos da trajetória de minha vida. Contudo, refleti e descobri que compreender o sentido da palavra Educação requer entendimento sobre a complexidade do ato de educar, que envolve aspectos emocionais, cognitivos, sociais e políticos.
Durante a minha trajetória pelo curso, me deparei com grandes professores, mestres e doutores, que contribuíram de forma significativa, para que pudesse aprofundar meus conhecimentos e trilhar o meu caminho pela educação Foi uma honra compartilhar desses conhecimentos adquiridos através desses professores que com certeza contribuíram e muito para a minha formação profissional e pessoal e que deixaram suas marcas no meu aprendizado.
Assim, através desses ensinamentos e mediações que aprendi que a Pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modifica a herança cultural. Que a educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos da ideologia, por está de fato envolvida na política. Tive contato com as idéias Freireana voltada para a educação dialógica e problematizadora de uma educação para conscientização que me fez compreender a educação como ato político.
Hoje a minha trajetória pelo curso tem possibilitado a enfrentar diversas oportunidades e abertura de caminhos que poderei trillhar, atualmente estou concluindo uma pós graduação em Psicopedagogia e estou como coordenadora pedagógica do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -PETI, no município de Jequié/BA além disso, participo de um Curso de Formação de Gestores para Promoção da Igualdade Racial e de Gênero pela SEPROMI/ UNEB são experiências riquíssimas, que tem ajudado no meu processo de formação e possibilitado outras vivências e aprendizado em espaços diversificados o que faz da minha pessoa uma eterna aprendiz!!!
“Ninguém sabe tudo. Ninguém ignora tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.
Paulo Freire
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