quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que o Estágio para quem não Exerce o Magistério: O Aprender a Profissão

Síntese do texto de: Selma Garrido Pimenta e Maria Socorro Lucena Lima

Este texto nos faz refletir sobre as especificidades do estágio e da prática de ensino para quem não exerce o magistério, trazendo elementos para compreensão do estágio como oportunidade de aprendizagem da profissão docente e de construção da identidade profissional.

Não se pode negar que o estágio ainda hoje, continua sendo um momento de muita tensão e expectativa para pedagogos em formação que não têm experiência na sala de aula como professores. E isto é visivelmente quando no exercício do estágio, o estagiário se depara com a distância entre teoria e a prática. Um dos primeiros impactos do estagiário é o susto diante da real condição das escolas e as contradições entre o escrito e o vivido, o dito pelos oficiais e o que realmente acontece.

Nesse sentido, o estágio como componente curricular, pode não ser uma completa preparação para o magistério, mas, segundo Garrido (2004), é possível nesse espaço, professores, alunos e comunidade escolar e universidade trabalharem questões básicas de alicerce como o sentido da profissão, o que é ser professor na sociedade em que vivemos, como ser professor, a escola, realidade dos alunos, da comunidade entre outras.

Além disso, numa expectativa de ritual de passagem o estágio também oferece possibilidade de reafirmação de escolha profissional e de crescimento. Dentro desse contexto as autoras salientam que o estágio como reflexão da práxis possibilita aos alunos que ainda não exercem o magistério aprender com aqueles que já possuem experiência na atividade docente desde que essa experiência seja refletida, caso contrário vira reprodução ou imitação de uma prática.

Pelo exposto, o estágio para alunos que estão em fase de formação inicial e que ainda não exercem o magistério é antes de tudo um estágio de boas-vindas de novos companheiros de profissão. Pois são estes que ocuparão os lugares dos professores e continuarão o trabalho o qual foi iniciado. Dessa forma, o período de estágio, ainda que transitório, é um exercício de participação que deve levar em consideração a observação, a problematização investigação, análise e a intervenção articulados pelo movimento dialético de reflexão-ação-reflexão.

Em suma,

O estágio supervisionado para alunos que ainda não exercem o magistério pode ser um espaço de convergências das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso e, principalmente, ser uma contingência de aprendizagem da profissão docente, medida pelas relações sociais historicamente situadas. (PIMENTA e LIMA)


PIMENTA, Selma Garrido e LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Editora Cortez, 2004

Um comentário:

  1. Seu blog tá lindo!

    Você tá demais fez até resumo da parte de Fernando, rssrsr... Bem, realmente a professora Socorro escolheu textos magníficos para a gente, pois nesse estágio não iremos esquecer das nossas discussões teóricas e faremos o melhor de nós.

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